Cientistas da Universidade de Leicester, na Inglaterra, que descobriram a ossada do rei Ricardo III, publicaram nesta quinta-feira o primeiro artigo acadêmico sobre o estudo do corpo do monarca. Segundo os pesquisadores, a sepultura foi mal preparada - o que sugere que ele foi enterrado às pressas. Além disso, Ricardo III foi enterrado com "mínima reverência", em uma "estranha posição" e há evidências de que suas mãos estavam amarradas.
O estudo, divulgado na publicação especializada Antiquity, foi conduzido por uma série de cientistas liderados pelo arqueólogo Richard Buckley. A análise completa de DNA da ossada será divulgada em outros artigos, afirma a universidade britânica.
Os especialistas realizaram datação por carbono, testes de DNA e exames de raio-x para determinar a veracidade da descoberta. Eles também compararam as observações que fizeram com informações repassadas por especialistas em armas e traumas, além de pesquisadores do estilo de vida e dieta medievais.
Ricardo III foi rei da Inglaterra entre 1483 e 1485. Os arqueólogos exploraram durante várias semanas um estacionamento onde estaria a capela com o esqueleto do monarca, falecido na batalha de Bosworth. Sua morte pôs fim à Guerra das Duas Rosas, entre a casa de York e os Plantageneta. A capela foi destruída no século XVI e desde então se desconhecia sua localização exata.
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